Mensagens

sábado, 22 de agosto de 2015

O PAI DE TODOS OS PAIS

A Bíblia nos apresenta um Deus que é Pai. Um Pai amoroso, fiel e cuidadoso. Tão cuidadoso que Jesus disse aos seus discípulos que “… o Pai de vocês já sabe o que vocês precisam”(Mt 6:8) e que assim supriria todas as suas necessidades. O Pai também nos disciplina como filhos, como diz o autor da carta aos Hebreus: “… Deus nos corrige para o nosso próprio bem, para que participemos da sua santidade” (Hb 12:10).
Pai como Deus, somente Ele sabe ser. Por isso, temos que pedir ajuda a Deus, para que Ele nos ajude a cumprirmos o nosso papel de pai. Principalmente nos dias atuais, em que nossa sociedade passa por grandes e profundas transformações. E por falar do papel a ser desempenhado pelos pais de hoje, há três histórias na Bíblia que remontam à necessidade do papel da paternidade em momentos difíceis.
A primeira história, curiosamente se trata de uma mulher. Essa história fala de quando uma mãe precisa também ser um pai. É a história de Agar, a escrava de Sara e de Abraão, com quem teve um filho deste último. O nome de seu filho era Ismael. Quando Ismael cresceu, já um adolescente, Sara brigou com Agar e obrigou Abraão mandá-la embora de casa juntamente com o menino.
Abandonada, Agar e o menino foram a caminho do deserto. Quando Agar se viu naquela situação achou que estava tudo perdido. Mas Deus veio em seu socorro e mudou a trajetória de suas vidas. Diz o texto bíblico que “Deus ouviu o choro do menino…” (Gn 21:17). Então, naquele mesmo instante, Deus fez a promessa que de Ismael sairia uma grande nação (Gn 21:18). E para as necessidades imediatas de Sara e Ismael, Deus providenciou água em meio ao deserto (Gn 21:19). Mais tarde, diz a história que “protegido por Deus, o menino cresceu”(Gn 21:20), desenvolveu a aptidão de flecheiro, e com a ajuda de sua mãe formou uma família.
Assim como Agar, muitas mães, pela ausência de um pai, são obrigadas a se tornarem também pais de seus filhos. Quantas mulheres, de repente, foram abandonadas pelos maridos, ou ficaram viúvas e se viram sozinhas com os filhos para criar? Essa era a situação de Agar. Mas Deus supriu suas necessidades, pois Deus é um Pai que ouve o clamor daqueles que sofrem. Quando achamos que está tudo perdido, Deus nos mostra que ainda há um futuro brilhante diante de nós.
A história seguinte fala de quando necessitamos de um pai, na verdade, de um pai-amigo. É a história de Mefibosete. A história desse homem faz parte da história da amizade de Davi com Jonatas, o filho do rei Saul, quem por muitas vezes tentou tirar a vida de Davi. Mas Jonatas, pela grande amizade que tinha com Davi sempre o protegeu das mãos assassinas de seu pai.
leia em mais informações
Depois de alguns anos da morte de Jonatas e Saul no campo de batalha, Davi, agora rei de Israel, quis honrar o seu amigo prestando ajuda a alguém de sua família. Davi descobriu que Jonatas tinha deixado um filho aleijado dos dois pés chamado Mefibosete e mandou chamá-lo para morar com ele. O texto bíblico diz que “… daí em diante Mefibosete passou a comer junto com o rei, como se fosse filho dele… Assim Mefibosete, que era aleijado dos dois pés, ficou morando em Jerusalém e todos os dias comia junto com o rei” (II Sm 9:11, 13).
Comovente a história de Mefibosete. Esse moço ficou aleijado dos dois pés quando tinha cinco anos de idade, exatamente quando seu pai e seu avô tinham morrido no campo de batalha. A mulher que tomava conta dele, ao saber da morte de Jonatas e Saul, saiu correndo com Mefibosete no colo, mas caiu com o menino e ele nunca mais voltou a andar.
Imagine todo o sofrimento daquela criança: o luto pela perda do pai e do avô, e a impossibilidade de não mais poder andar, correr e brincar como toda criança faz… Podemos supor que a vida daquele rapaz deve ter sido muito difícil dali em diante.
Mas Deus se compadeceu de Mefibosete e usou a vida de Davi para que este fosse como um pai para ele. Essa história nos faz lembrar as palavras de Jesus que nos prometeu: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: aquele que, por causa de mim e do evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras receberá muito mais, ainda nesta vida. Receberá cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras e também perseguições. E no futuro receberá a vida eterna” (Mc 10:29, 30).
A terceira e última história fala de quando um pai está prestes a perder o seu filho. É a história de Jairo, contemporâneo de Jesus e líder da sinagoga de sua cidade. Jairo tinha uma filha de doze anos que adoeceu gravemente, ficando à beira da morte. Então, Jairo sabendo que Jesus estava por perto, correndo, foi pedir ajuda a Ele: “… chegou perto dele, ajoelhou-se e disse: A minha filha morreu agora mesmo! Venha e ponha as mãos sobre ela para que viva de novo” (Mt 9:18).
Quando chegaram à casa de Jairo, receberam a notícia de que a menina já havia morrido. Dá para imaginar a dor e o desespero de Jairo naquele momento… Mas Jesus disse para ele: “Não tenha medo; tenha fé, e ela ficará boa” (Lc 8:50).
A narrativa do evangelista Lucas descreve o desfecho da história: “Todos os que estavam ali choravam e se lamentavam por causa da menina. Então Jesus disse: Não chorem, a menina não morreu; ela está dormindo. Aí começaram a caçoar dele porque sabiam que ela estava morta. Mas Jesus foi, pegou-a pela mão e disse bem alto: Menina, levante-se! Ela tornou a viver e se levantou imediatamente. Aí Jesus mandou que dessem comida a ela” (Lc 8:50-55).
Assim como Jairo, é isto que todo pai deveria fazer em favor dos seus filhos: clamar a Deus. Estão correndo perigo? Estão enfermos? As drogas e as más amizades andam à espreita? Clame a Deus! Está tudo bem com os filhos? Clame a Deus do mesmo jeito! Não importa a situação, clame a Deus! Para um pai que clama a Deus, quando tudo parece estar perdido, Jesus tem o poder para mudar qualquer situação!
Essas histórias nos ensinam como Deus é capaz de capacitar uma mãe para ser mãe e pai ao mesmo tempo. Ensina-nos também como Deus é poderoso para providenciar pais-amigos quando nos sentimos sozinhos e desamparados. Ensina-nos, por fim, como Deus tem o poder de responder ao pedido feito com fé por um pai que clama a favor de seus filhos. Podemos estar certos dessas coisas, pois como cantou o salmista, “ainda que o meu pai e a minha mãe me abandonem, o Senhor cuidará de mim” (Sl 27:10)

Nenhum comentário:

Postar um comentário