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sábado, 6 de junho de 2015

SOBRE PAULO LEIVAS MACALÃO

32 anos sem Paulo Leivas Macalão

No dia 26 de agosto de 2014, completou 32 anos
 do falecimento do pastor Paulo Leivas Macalão, um
 dos maiores (e polêmicos)  líderes das Assembleias
 de Deus no Brasil. A data foi relembrada pelo 
Ministério de Madureira através de redes sociais,
 onde fotos e textos foram compartilhados para
 marcar as três décadas de ausência de seu fundador
 e antigo líder máximo.

Macalão e esposa: incompreendido e 
segundo Vingen muito independente
leia em mais informações

Naquele agosto de 1982, o Ministério de 
Madureira sofreu duas grandes perdas. Vinte um
 dias antes da morte do pastor Paulo Macalão, seu 
vice-presidente e amigo, pastor Alípio da Silva 
faleceu. Pastor Alípio era o braço direito de Macalão
 e ao que tudo indica, seu eventual sucessor
 no ministério. Dentro dessa situação, o Ministério
 de Madureira elegeu o pastor da AD do Brás, 
Lupércio Vergniano para a presidência. Manuel 
Ferreira, hoje presidente vitalício do ministério já
 estava em ascensão naquela época. Foram 
esses senhores (e pelo que se percebe), junto com a
 viúva de Macalão a missionária Zélia Brito 
Macalão,  deram continuidade aos projetos da 
igreja.

Passados 30 anos de sua morte, sua obra ainda é 

motivo de diversas analises e reflexões. Macalão foi
 um pioneiro do pentecostalismo sem dúvida 
alguma, mas também foi pioneiro na formação
 da primeira cisão ministerial da denominação e
 inspirou muitos outros a fazerem o mesmo. Ainda
 em vida, a palavra mais usada pelos textos oficiais 
para justificar a iniciativa de Paulo Leivas de formar
 um ministério à parte do suecos foi incompreensão. 
Sim, Macalão foi um incompreendido, um jovem que
 ao entrar em choque com os líderes escandinavos
 se deslocou para os subúrbios da cidade do Rio
 de Janeiro, para ali formar seu próprio rebanho. E 
esse rebanho cresceu muito, sempre inspirado na 
veia nacionalista e autoritária de seu líder. A AD 
passou então em muitas regiões do Brasil a ser 
conhecida como Missão, em alusão aos 
trabalhos fundados ou dirigidos pelos suecos,
 e Madureira, a AD verdadeiramente nacional.

Após a saída do Ministério
 de Madureira da CGADB,
 a literatura da CPAD 
ainda continua a 
reconhecer Paulo Leivas 
como grande líder, 
porém sempre é destacado
 um trecho do diário de 
Vingren onde ele registra
 uma interessante 
observação sobre Macalão: 
"ele é muito independente". Outras faces do 
"Apóstolo do século XX" são reveladas nas 
edições posteriores,sob um ângulo nem 
sempre favorável, legitimando assim a cisão ocorrida
 em 1989 como algo inevitável, pois o germe da 
divisão estaria nas ações expansionistas e polêmicas
 do fundador de Madureira. Assim, após 30 do
 seu falecimento, sua memória cada vez mais é 
exaltada por Madureira, mas por outro lado
 é questionada nem sempre de forma sutil pelas 
AD's ligadas a Missão. 

Outro ponto que envolve a figura de Macalão em 

mistério seria a sua provável filiação a 
maçonaria. Antigos líderes e membros afirmam
 essa ligação, mas não há evidências claras de que
 isso tenha ocorrido. Sua amizade com
 o Reverendo Isaías de Souza Maciel, ministro 
evangélico, o qual chegou a ser grão-mestre
 na maçonaria é destacada para afirmar essa 
hipótese. Gedeon Alencar registra em seu livro, 
que o questionamento de um pastor pertencer ou 
não a maçonaria foi ventilado na CGADB de 1966,
 e ainda, segundo alguns entrevistados para sua tese, 
uma comissão teria realizado um solenidade em 
sua homenagem. Mas esse é um caso onde não
 há confirmações ou desmentidos convincentes.

A certeza de tudo isso é que, passados 32 anos de

 sua morte, a vida e obra de Paulo Leivas Macalão 
ainda merecem um estudo mais aprofundado. 
Poucas informações sobre ele se levantaram 
nesse período além das que já estão dadas 
pela historiografia oficial. Macalão ainda é uma 
incógnita para muitos pentecostais,
um personagem mítico esperando por ser 
desvendado.

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