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domingo, 25 de janeiro de 2015

AS MARCAS DE UM VERDADEIRO CRISTÃO

                                     1. No capítulo 1, o apóstolo João identificou três marcas de uma falso cristão: 1) Ele tenta enganar os outros; 2) Ele tenta enganar a si mesmo; 3) Ele tenta enganar a Deus.
2. Agora, o apóstolo vai falar sobre as marcas do verdadeiro cristão. Quais são os critérios para avaliarmos se uma pessoa é verdadeiramente salva? Quais são os sinais distintivos de um verdadeiro cristão? Num contexto de muitas igrejas, muitas denominações e muitas doutrinas, como podemos saber se uma pessoa verdadeiramente é convertida?
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3. João escreve para falar sobre as marcas do verdadeiro cristão. Existem três provas básicas: a prova moral – obediência (2:4,6), a provoca social – amor (2:9,10) e a prova doutrinária – fé em Cristo (5:1,12).
4. Nós só podemos conhecer um cristão verdadeiro, checando sua vida com o modelo perfeito que é Jesus. Ele precisa andar como Cristo andou. Ele precisa amar como Cristo amou. Ele precisa ter a vida que Cristo doou. Ilustração: A maneira de não receber uma nota falsa é conhecer bem a nota verdadeira.
I. A PROVA MORAL – OBEDIÊNCIA – O TESTE DO VERDADEIRO CONHECIMENTO DE DEUS – V. 3-6
a. Conhecer a Deus, permanecer em Deus e ter comunhão com Deus é a própria essência da vida eterna. “Deus nos criou para ele e nossa alma não encontrará repouso até descansarmos nele” (Agostinho).
1. Os gregos pensavam que podiam conhecer a Deus simplesmente através da razão – O gnosticismo defendia a supremacia do conhecimento. Eles se consideram superiores aos outros homens. Eles se consideravam uma casta espiritual. Para eles o caminho para Deus era o intelecto. O cristianismo deveria se converter em uma satisfação intelectual em vez de numa ação moral. Por isso, os grandes pensadores gregos não tinham uma vida moral ilibada. Sócrates e Platão, por exemplo, defendia o homossexualismo.
2. Posteriormente os gregos no tempo de Jesus já falavam no conhecimento de Deus através da emoção – Surgiram, então, as religiões de mistério dando uma super ênfase na questão mística, onde se criava uma atmosfera emocional, por uma iluminação sutil, música sensual, incenso perfumado e uma cativante liturgia. A proposta era não conhecer Deus, mas sentir Deus. Isso criou uma religião narcotizante. As pessoas entravam em transe. Tinham catarzes. Eram arrebatadas emocionalmente. É forte essa ênfase hoje. As pessoas andam através de experiências fortes e não do conhecimento de Deus.
3. O conhecimento de Deus de acordo com o enfoque judaico-cristão –Segundo a visão judaico-cristã o conhecimento de Deus provinha de sua revelação. Conhecemos a Deus porque ele se revelou. Ele conhecimento de Deus não é produto nem a investigação humana nem de uma exótica experiência emocional, mas da revelação do próprio Deus ao homem. Exemplo: Jesus disse para Pedro que não foi carne e sangue, mas o Pai que lhe havia revelado o conhecimento que tinha a seu respeito.
4. A prova do verdadeiro conhecimento de Deus é obediência – v. 3-6
1) Guardar os seus mandamentos – v. 3,4 – Nenhuma experiência religiosa é válida, se não tem consequências morais (Tt 1:16). Não conhecemos a Deus pelo tanto de informação que temos na mente, mas pelo quanto de obediência que manifestamos na vida. As palavras de um homem devem ser provadas por suas obras. Se sua vida contradiz suas palavras, seu conhecimento de Deus é falso. 
2) Guardar a sua palavra – v. 5 – O verdadeiro amor se expressa não em linguagem sentimental ou em experiência mística, mas na obediência moral (5:3; Jo 14:15,21,23).
3) Andar como Cristo andou – v. 6 – Não basta guardar sua palavra (2:5), temos que andar assim como ele andou. Precisamos nos conformar com os mandamentos de Cristo e com o exemplo de Cristo (3:3). Mas como Cristo andou?
3.1. Cristo andou com humildade – Ele esvaziou-se a si mesmo.
3.2. Cristo andou em total submissão ao Pai – Ele se entregou a si mesmo. 
3.3. Cristo andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo – At 10:38
3.4. Cristo andou em amor e perdão – perdoou até mesmo seus algozes. Cristo foi mal compreendido. Foi atacado. Foi perseguido. Foi cuspido. Foi pregado na cruz. As pessoas pagaram o bem com o mal. Temos vivido como Cristo viveu?
II. A PROVA SOCIAL – O AMOR – O TESTE DO VERDADEIRO DISTINTIVO DO CRISTÃO – V. 7-11
1. Um mandamento velho e ao mesmo tempo novo – v. 7-8
• O amor é a prova social de um verdadeiro cristão. Quem não ama não é nascido de Deus, porque Deus é amor. O filho precisa ter a natureza do Pai (4:8).
• O mandamento de amar o próximo ou o irmão é antigo, porque é da lei (Lv 19:18). Mas é novo porque Cristo o revestiu de um significado mais rico e mais amplo (Jo 13:34,25). A vida cristã é um milhão de novos começos instigados pelo desafio sempe novo de amar aos outros como Cristo nos amou.
• O mandamento é novo na qualidade – Amar como Cristo amou é mais profundo e mais amplo do que simplesmene amar o próximo como a nós mesmos. Cristo nos amou mais do que a si mesmo. Ele nos amou e se entregou por nós.
• O mandamento é novo na extensão – Jesus redefiniu o significado de próximo. O próximo que devemos amar é qualquer pessoa que precise da nossa compaixão, independente da raça ou posição – Exemplo: o bom samaritano. O amor busca o pecador (os judeus pensavam que os gentios eram combustível para o fogo do inferno), mas Cristo tornou-se amigo dos pecadores. Jesus estendeu as fronteiras do amor. Precisamos conhecer o comprimento, a largura, a altura, e a profundidade do amor de Cristo. Cristo amou os seus próprios inimigos. 

2. O amor não pode ser neutro – v. 9-11

• Luz e amor, trevas e ódio se pertencem mutuamente. O verdadeiro cristão que conhece a Deus e anda na luz, obedece a Deus e ama a seu irmão. Vê-se a genuinidade da sua fé em sua correta relação com Deus e com o homem. Deve existir coerência entre o dizer e o fazer. Não há lugar aqui para indiferença. O amor é ativo como a luz. Não existe penumbra como meio termo. Não há meio termo nem neutralidade nas relações pessoais. Não podemos estar em comunhão com Deus e com as relações quebradas com os nossos irmãos ao mesmo tempo. Não podemos cantar hinos que falam do amor e ao mesmo tempo guardarmos mágoa no coração. 
• João fala de amar não a humanidade, não os pagãos distantes, mas amar o irmão, aquele com quem convivemos, aquele que conhecemos suas fraquezas. É fácil amar os pagãos distantes, mas o plano de Deus é amar os membros da sua família, os irmãos da sua igreja, com quem você está em contato a todo o tempo.
• Se apóstolo João estivesse escrevendo para a nossa igreja, certamente ele poderia mandar essa mesma carta. A quem na igreja você evita? A quem na igreja você ataca com suas palavras? A quem na igreja você despreza? A quem na igreja você precisa pedir perdão ou perdoar?
3. O amor não produz tropeço nem para si nem para os outros – v. 10
• A palavra “tropeço” é a palavra grega “escandalon”. Um crente que guarda ódio no coração ele encontra em si mesmo tropeço para crescer e para ter comunhão com Deus, consigo e com o próximo. 
• Mas um crente que não ama ele é uma pedra de tropeço para os outros crentes. Ele cria problemas onde está. Em vez de bênção, ele é maldição. Em vez de ser pacificador, ele é perturbador. Em vez de apagar o fogo, ele é um incendiário. Ilustração: O cego que andava de noite com uma lanterna acesa para ninguém tropeçar nele.
• As pessoas que nos perturbam e nos incomodam são colocadas em nosso caminho pelo próprio Cristo para que nós as amemos no poder de seu amor. Se recusarmos, tropeçaremos no próprio Senhor.
• Muitas vezes temos visto o nosso próximo como nosso concorrente.
• Outras vezes, tratamos o nosso irmão como o nosso inimigo. Puxamos-lhe o tapete. Falamos mal pelas costas. 
• Outras vezes, olhamos o nosso irmão com desprezo, com frieza, com desdém, com deboche.
5. O ódio traz grandes tragédias para quem o nutre e para quem ele é dirigido – v. 11
• Quem guarda mágoa no coração não pode orar, não pode ofertar, não pode receber perdão.
• Quem guarda mágoa no coração perde a saúde, perde a paz e perde a intimidade com Deus. E mais…
• Primeiro, onde há ódio não há salvação – v. 11a
• Segundo, onde há ódio não há santificação – v. 11b
• Terceiro, onde há ódio não há direção segura – v. 11c – Ilustração: O dia que estava dirigindo no noveiro, vindo de Iúna (falecimento pai da Cláudia).
• O propósito de João é que não haja nada em nós que faça os outros tropeçarem. Mas também não deve haver nada em nós que nos faça tropeçar. Se Deus é amor, se Cristo nos mandar amar. Se o amor é o teste do verdadeiro conhecimento de Deus. Então, é impossível termos comunhão com Deus e com os irmãos sem amor. 
• O amor não é cego. O ódio, sim, cega! Uma pessoa amargurada fica cega. Seu raciocínio obscurece. Ele perde o equilíbrio. Perde o discernimento, o bom senso.
CONCLUSÃO
• Você é um verdadeiro cristão? Você conhece a Deus? Você guarda os seus mandamentos? Você imita a Cristo na sua vida? Se as pessoas seguirem os seus passos, elas encontrariam Cristo? 
• Você tem amados os seus irmãos com o mesmo amor com que Cristo amou você? 
• Aquele que odeia o seu irmão sofre trágicas consequências: 1) Ele ainda vive nas trevas, ainda que pense que esteja vivendo na luz; 2) Ele se torna um tropeço para a vida dos outros; 3) Ele retarda o seu próprio progresso espiritual – Ele não encontra o caminho.

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