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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A FÉ

                                                             A fé vai muito além do sentimento, é uma convicção. Quando Jesus andava sobre as águas em meio a tempestade, Pedro ousou: “se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas” (Mt 14.26). A confiança plena do apóstolo nas palavras de Cristo o fez literalmente pairar sobre a aguaceira…
Que cena! A fé nos dá a capacidade de transpormos a barreira do impossível, pois o alicerce da fé é a palavra de Deus, e não, as circunstâncias. Porém, quando deixamos o sentimento aflorar naufragamos: “mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me” (v. 30).
O apóstolo submergiu porque deixou que seu sentimento, o medo, falasse mais alto do que a palavra do Messias.

Do mesmo modo, muitos crentes deixam a volatilidade dos sentimentos determinarem sua fé. A postura de Tomé é reproduzida na vida de milhões de cristãos: “se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos, não puser a minha mão no seu lado, não crerei” (Jo 20.25).

A declaração de Tomé é o oposto da fé – convicção nos fatos que não se vêem (Hb 11.1) – ele deseja uma constatação, uma prova material, concreta.

Contudo, a fé não se apóia numa realidade física, mas no convencimento do Espírito Santo que a Palavra de Deus é real e não pode cair ao vento… Nas palavras do próprio Cristo a Tomé: “Por que me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram” (Jo 20.29).

O profeta Jeremias declarava: “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas” (Jr 17.9). É o coração que “bombeia” nossos sentimentos, logo, se deixarmos que os sentimentos ditem nossa fé estaremos constantemente afundando nas tempestades da vida ou clamando para “colocar o dedo” nos resultados.

A fé é um dom divino (Ef 2.8), vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17), mas que pode e deve ser exercitada (Mt 17.20) assim como um grão de mostarda que se desenvolve até se tornar um ramo.

Quanto mais nos apoiarmos nas Sagradas Escrituras e orarmos mais intensa será a manifestação da glória de Deus, produzindo em nós experiência e convicção no poder e na fidelidade divina.

É verdade que a fé nos dá um sentimento de descanso e paz, mas no caso de Pedro, o impulso veio da fé. O apóstolo Paulo ensinava: “Seja a paz de Cristo o árbitro de vosso coração” (Cl 3.15). Assim, podemos ter notícias bombásticas que afetem nosso coração, não obstante, podemos crer e descansar nas promessas divinas, pois Deus nos dá a paz que excede todo entendimento.

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