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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

GETSÊMANI

Jesus no Getsêmani – Mateus 26.36-46
“36 Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.
37 E levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
38 Então lhes disse: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo.
39 E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
40 Voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Assim nem uma hora pudestes vigiar comigo?
41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
42 Retirando-se mais uma vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
43 E, voltando outra vez, achou-os dormindo, porque seus olhos estavam carregados.
44 Deixando-os novamente, foi orar terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
45 Então voltou para os discípulos e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.
46 Levantai-vos, vamo-nos; eis que é chegado aquele que me trai.”

Antes de ser preso, foi concedido a nosso Senhor, ter um último momento de consolação, junto de Seus discípulos, não somente na ceia que fizeram, como também na Sua agonia no jardim do Getsêmani.
Pedro, Tiago e João haviam sido levados com Ele ao monte da Transfiguração, para testemunharem a Sua glória, e agora estavam sendo levados por Ele ao monte das Oliveiras, ao Getsêmani, para compartilharem da Sua agonia.
E lhes pediu que vigiassem juntamente com Ele, porque aquela era uma hora em que estaria exposto, tanto quanto eles, a grandes tentações, porque o diabo não perderia a oportunidade de tentar dissuadi-lo de morrer na cruz, como já havia feito antes usando a boca de Pedro.
Independente de qualquer tentação do diabo, haveria uma tristeza e agonia da carne, que seria em si mesma uma tentação, no sentido de fazê-los recuar, especialmente o Senhor, que carregaria nossos pecados e culpa no madeiro.
Tal foi a angústia de nosso Senhor, que sua alma se entristeceu até a morte. E ele compartilhou isto com os três apóstolos, lhes pedindo que vigiassem com Ele.
Como se adiantou um pouco em relação a eles, para orar ao Pai, os discípulos foram vencidos pelo sono e dormiam.
Enquanto isto, nosso Senhor derramava sua alma em oração pedindo ao Pai, que se possível fora, que passasse dEle aquele cálice amargo que deveria começar a tomar ainda naquela noite, tal era a intensidade do Seu sofrimento, mas Ele se rendeu à vontade do Pai, dizendo-Lhe que não levasse em conta o que estivesse sentindo e sofrendo, porque importava fazer não a Sua, mas a vontade do Pai. A vontade do Pai, seria portanto, também a Sua, naquela circunstância terrível que havia abatido grandemente a Sua alma.
Quando voltou aos discípulos e os encontrou dormindo, nosso Senhor repreendeu a Pedro por não terem podido sequer por uma só hora ter vigiado juntamente com Ele.
E lhes ordenou que vigiassem e orassem para não entrarem em tentação, uma vez que, como estavam percebendo em si mesmos, apesar de o espírito estar pronto para fazer a vontade de Deus, a carne é fraca, e poderia abafar tal prontidão do espírito, levando-lhes a recuar na fé, pela grande dificuldade daquela hora.
Nosso Senhor finalmente rendeu-se inteiramente à vontade do Pai, dizendo numa segunda oração que se não fosse possível passar o cálice sem que o bebesse, então que se fizesse a Sua vontade.
E mais uma vez, ao voltar aos discípulos, achou-os dormindo, e não vigiando e orando, conforme lhes havia ordenado.
Assim, eles não estavam sendo um apoio e consolação para Ele, senão um peso, motivo porque foi orar ao Pai uma terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
As circunstâncias e as dificuldades que deveriam ser enfrentadas ainda seriam as mesmas, mas a graça havia fortalecido finalmente a nosso Senhor e já não havia Nele qualquer angústia em Sua alma, de maneira que se voltou aos discípulos e lhes disse que poderiam continuar dormindo e descansando porque era chegada a hora e estava sendo entregue nas mãos dos pecadores.
E foi com santa ousadia e autoridade que disse aos três apóstolos que se levantassem porque Ele iria na direção daquele que lhe estava traindo, a saber Judas, para que sendo identificado por Ele, como sendo Aquele a quem os sacerdotes procuravam, pudessem prendê-lO.
Do próprio exemplo de nosso Senhor podemos aprender que confortos humanos nos faltarão ou então sempre falharão nas horas de extrema dificuldade, nas quais somente a graça de Deus poderá nos assistir, consolar e fortificar.
Então, tal como Ele fizera, é em Deus que devemos buscar socorro nestas horas difíceis, e fazê-lo até que sintamos que nos tem fortalecido com a Sua graça.
João, que estivera com Jesus no jardim do Getsêmani, testemunhando a Sua agonia, viria ainda a testemunhar muito tempo depois, em Sua primeira epístola, que o amor sempre vence o medo.
Por fim, o amor do Pai pelo Filho Lhe deu plena confiança, autoridade e consolo em Sua grande angústia.
Assim como Ele, nós também somos alvo do mesmo amor neste mundo, porque por meio da nossa união com Ele, fomos também transformados em filhos de Deus, e já não há mais o que temer, porque o amor divino é invencível e vence o temor da morte, e até mesmo a própria morte.
“14 E nós temos visto, e testificamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo.
15 Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.
16 E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem permanece em amor, permanece em Deus, e Deus nele.
17 Nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo.
18 No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor.” (I Jo 4.1414-18)

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